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Egoísmo no adolescente é normal? Descubra o que é imaturidade, o que é alerta e como agir

  • Paloma Garcia
  • 14 de jan.
  • 11 min de leitura

Atualizado: 15 de mai.

“Meu filho só é gentil com os amigos, comigo ele é grosso.”

É uma frase repetida com frequência em consultórios, escolas e rodas de conversa entre pais e cuidadores. Quando o adolescente parece indiferente ao que os outros sentem, especialmente dentro de casa, é natural que surja frustração, tristeza, e até um sentimento de rejeição por parte dos adultos.


Mas e se esse “egoísmo” for, na verdade, uma parte normal (embora desafiadora) do desenvolvimento?


A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações no cérebro, na identidade, na forma de sentir, pensar e se relacionar. O comportamento que parece falta de empatia pode ser, muitas vezes, resultado de imaturidade neuroemocional e não de caráter.


  1. O cérebro adolescente está em reforma: o que isso tem a ver com empatia e egoísmo?


Durante a adolescência, o cérebro humano passa por uma reestruturação tão intensa quanto na primeira infância. Só que, dessa vez, as mudanças não são visíveis como quando o bebê começa a andar ou falar, elas são internas, afetando como o adolescente pensa, sente e se relaciona com o mundo.


A neurociência mostra que o comportamento aparentemente egoísta dos adolescentes tem raízes biológicas e emocionais legítimas. Entender essas bases é o primeiro passo para oferecer apoio mais eficaz — e menos reativo.


🧠 Principais áreas cerebrais envolvidas

Área cerebral

Função principal

Desenvolvimento na adolescência

Córtex pré-frontal

Tomada de decisão, empatia cognitiva, autorregulação

Ainda está em maturação até os 20 e poucos anos

Sistema límbico

Emoções, prazer, impulsividade

Hiperativado, leva a reações rápidas e intensas

Rede do modo padrão

Autoconsciência, pensamentos sobre si

Fica superativa, adolescente pensa o tempo todo no que os outros pensam dele


:O sistema emocional (sistema límbico) amadurece mais cedo do que o sistema racional (córtex pré-frontal). Isso significa que o adolescente sente tudo com intensidade, mas ainda não sabe lidar com o que sente.


🎯 E qual a consequência disso?

  • Reações exageradas

  • Dificuldade de prever consequências

  • Busca intensa por aprovação social

  • Falta de empatia não por maldade, mas por imaturidade emocional


Como isso se manifesta no dia a dia?

Comportamento observado

Possível explicação cerebral

“Parece que só pensa em si”

O cérebro está focado em consolidar a identidade

“Fala sem pensar e magoa”

A autorregulação está em construção

“Não se importa com o que sinto”

A empatia cognitiva ainda não amadureceu

  1. O que é empatia? e por que ela demora a amadurecer na adolescência?


A empatia é a base da convivência humana. Ela nos permite entender e sentir o que o outro está passando e, a partir disso, agir com cuidado, compaixão e consideração. Mas embora pareça algo "natural", a empatia é, na verdade, uma habilidade complexa que demanda maturação cerebral, regulação emocional e segurança relacional.


Durante a adolescência, é comum que pais e cuidadores percebam comportamentos que parecem egoístas, insensíveis ou centrados apenas no próprio ponto de vista. Mas, antes de julgar, é essencial compreender:


A empatia não nasce pronta. Ela se desenvolve em etapas e muitas dessas etapas ainda estão em curso durante a adolescência.

O que o cérebro tem a ver com isso?


O desenvolvimento da empatia está diretamente relacionado à maturação de áreas específicas do cérebro:

Área cerebral

Função principal

Maturação completa

Córtex pré-frontal

Perspectiva, julgamento social, empatia cognitiva

Após os 20 anos

Ínsula

Consciência emocional, percepção do estado alheio

Adolescência tardia

Sistema límbico

Emoções básicas, reatividade, detecção de ameaça

Muito ativo na adolescência

Essas regiões ainda estão em desenvolvimento na adolescência, o que explica por que muitos jovens têm dificuldade para se colocar no lugar do outro, especialmente quando estão frustrados, inseguros ou emocionalmente ativados.


Tipos de empatia e por que nem todos se manifestam ao mesmo tempo


Daniel Goleman (2006), autor de Inteligência Social, propôs que a empatia pode ser dividida em três tipos, cada uma com uma base cerebral e um tempo de desenvolvimento distintos:


Tipos de empatia e seu desenvolvimento

Tipo de Empatia

O que é

Quando se desenvolve

Empatia Cognitiva

Capacidade de entender racionalmente o que o outro sente

Entre 11-13 anos, amadurece apenas na vida adulta

Empatia Emocional

Sentir com o outro, captar emoções por expressões e gestos

Presente desde a infância, mas instável na adolescência

Empatia Compassiva

Disposição ativa de ajudar e agir pelo bem do outro

Somente com regulação emocional e amadurecimento afetivo


Por que a empatia parece “desligada” na adolescência?


Existem fatores biológicos, emocionais e contextuais que dificultam a expressão empática nessa fase:


  • O adolescente está em pleno processo de formação da identidade 

  • Seu cérebro privilegia respostas emocionais rápidas ao invés da reflexão

  • Existe uma autoconsciência exagerada (“todo mundo está me observando”), que o faz focar mais em si mesmo

  • Ele ainda não domina a regulação emocional, essencial para sustentar uma atitude empática

“Para desenvolver empatia, o adolescente precisa primeiro se sentir emocionalmente seguro.”— Dr. Daniel J. Siegel

Estratégias práticas para pais, educadores e cuidadores


👎 Evite: ❌ “Você é insensível.”

❌ “Você só pensa em você.”


👍 Prefira: ✅ “Você percebeu como seu colega ficou depois da prova?”

✅ “O que você teria sentido no lugar dele?”


Comentários como esses ajudam o adolescente a:

  • Treinar a perspectiva emocional

  • Reconhecer emoções alheias

  • Construir a linguagem empática


  1. A adolescência é (também) uma fase egocêntrica, e isso é esperado


Se você tem a sensação de que seu filho adolescente está vivendo "em um mundo só dele", isso não é ilusão é neurodesenvolvimento em ação.


O comportamento egocêntrico nesta fase é esperado, natural e, em muitos casos, necessário para a formação da identidade. Mas atenção: egocentrismo não é egoísmo.


O que é egocentrismo adolescente?


Egocentrismo, nesse contexto, significa ter dificuldade em distinguir o próprio ponto de vista do ponto de vista dos outros.


O termo foi popularizado por David Elkind (1967), que descreveu duas manifestações típicas dessa fase:

Tipo de egocentrismo

Como se manifesta

Audiência imaginária

Crença de que todos estão observando e julgando o adolescente o tempo todo

Fábula pessoal

Ideia de que suas emoções são únicas e incompreensíveis (“Ninguém entende o que sinto”)


Por que isso acontece nessa fase?


Durante a adolescência, o cérebro passa por um processo chamado “poda sináptica” e reorganização estrutural, especialmente nas áreas relacionadas a:


  • Autoconsciência

  • Tomada de perspectiva

  • Regulação emocional 


Essas mudanças geram um foco intenso no eu: o adolescente começa a pensar sobre quem ele é, como é visto pelos outros e qual é seu lugar no mundo. Isso consome muita energia mental e reduz temporariamente sua capacidade de considerar o outro.


Egocentrismo adolescente na prática

Manifestação

Exemplo prático

Impacto na convivência

Foco exagerado na autoimagem

“Todo mundo vai reparar nessa espinha!”

Insegurança e comparação constante

Sensação de exclusividade emocional

“Ninguém sente o que eu sinto”

Dificuldade de validar o sentimento do outro

Expectativa de julgamento constante

“Se eu errar, vão rir de mim”

Autocensura, evitação de situações sociais

Idealismo intenso

“Meus pais são hipócritas, dizem uma coisa e fazem outra”

Críticas severas às figuras de autoridade

Reações emocionais dramáticas

“Minha vida acabou por causa dessa nota”

Baixa tolerância à frustração

.

Como ajudar o adolescente a desenvolver perspectiva?


Normalize a autoconsciência: “É normal se sentir observado às vezes. Mas sabia que a maioria das pessoas está mais preocupada consigo mesma do que com os outros?”


Isso ajuda a desativar a “audiência imaginária” e aliviar a pressão.


Estimule a tomada de perspectiva: “Como você acha que seu amigo se sentiu quando isso aconteceu?” ou“Se fosse com você, como gostaria que tivessem agido?”


Ensinar o adolescente a “trocar de lugar” emocionalmente é uma das maneiras mais eficazes de ativar sua empatia e reduzir o egocentrismo.


Fortaleça a segurança emocional: Adolescentes egocêntricos costumam estar inseguros emocionalmente.


Evite rotulá-los como “egoístas” ou “imaturos”. Em vez disso, valorize as tentativas de conexão: “Achei bonito você ter perguntado como seu irmão se sentiu.”


Blakemore (2018) e Steinberg (2016) mostram que à medida que o córtex pré-frontal amadurece, o adolescente ganha:


  • Maior capacidade de perspectiva

  • Melhor regulação emocional

  • Mais empatia espontânea


Ou seja: o egocentrismo é transitório, mas precisa ser guiado com paciência e exemplo emocional.


  1. Como desenvolver empatia em adolescentes, sem forçar, punir ou culpar?


Muitos adultos se perguntam:

“Como ensinar empatia se meu filho parece indiferente ao que os outros sentem?”

A resposta é: a empatia não se ensina com sermões, punições ou comparações, mas sim com convivência, exemplos emocionais consistentes e oportunidades de prática.


Adulto abraçando dois adolescentes com carinho e sorrisos, representando vínculo familiar e empatia emocional

⚠️ O que não funciona?


🚫 Broncas e acusações: “Você só pensa em você!” gera retração, não reflexão.


🚫 Comparações com irmãos ou outros adolescentes: “Seu irmão é muito mais atencioso.” gera ressentimento, não empatia.


🚫 Punições desconectadas: Castigos por “falta de empatia” raramente ensinam o que fazer no lugar.


Estratégias eficazes para cultivar empatia (sem forçar)


1️⃣ Nomeie emoções: crie vocabulário emocional


O adolescente só será capaz de reconhecer sentimentos nos outros se souber identificar os próprios. Ajude com perguntas abertas:


  • “Como você acha que ela se sentiu?”

  • “Se fosse com você, o que pensaria?”

  • “O que te tocou mais nessa história?”


2️⃣ Use filmes e séries como gatilhos empáticos


Histórias ativam o sistema límbico sem resistência. Após assistir juntos, proponha reflexões:


Exemplo de perguntas:

  • “Você teria reagido diferente?”

  • “Você já viveu algo parecido?”

  • “O que aprendeu com esse personagem?”


3️⃣ Modele a empatia no cotidiano


Adolescentes aprendem mais observando do que ouvindo.


Exemplos simples:

  • Demonstrar compaixão com um vizinho enlutado

  • Conversar respeitosamente com pessoas em situações difíceis

  • Validar sentimentos de outras pessoas com frases como:

    “Imagino o quanto isso deve estar sendo difícil para ela.”


4️⃣ Estimule atitudes concretas e pequenas


A empatia precisa sair da ideia e virar ação. Dê oportunidades:

  • “Quer escrever um bilhete para o avô doente?”

  • “Você viu que seu amigo parecia triste? quer chamar ele pra jogar algo depois?”


5️⃣ Valorize as tentativas, não a perfeição

Nem todo adolescente demonstra empatia com facilidade, isso não significa que ele é frio.


✅ Diga: “Percebi que você ficou quieto quando sua amiga chorou. Mesmo sem saber o que fazer, você ficou ali. Isso também é empatia.”


Evite: “Você não sente nada!”


6️⃣ Tenha paciência com o tempo do desenvolvimento emocional


A empatia é um músculo emocional. Para se fortalecer, precisa de:

  • Prática constante

  • Ambientes seguros

  • Relações com espaço para falhas e reparo


  1. E quando o egoísmo esconde sofrimento emocional?


Nem todo comportamento egoísta de um adolescente é resultado de imaturidade ou egocentrismo típico da idade. Em muitos casos, o aparente “desinteresse pelo outro” é, na verdade, uma defesa emocional contra um sofrimento interno não reconhecido ou não nomeado.


Adolescente introspectiva de braços cruzados olhando pela janela, simbolizando distanciamento emocional e sofrimento silencioso

Isso é especialmente comum em adolescentes que vivem:

  • Situações de estresse crônico (como separações familiares, bullying, conflitos parentais)

  • Ambientes emocionalmente negligentes

  • Transtornos emocionais em formação (como ansiedade ou depressão)


“Adolescentes que se fecham para os sentimentos dos outros muitas vezes estão tentando sobreviver aos próprios.” — Lisa Damour

🚨 Quando o egoísmo é um sintoma, não um traço


⚠️ Adolescente que:

  • Parece indiferente

  • Se recusa a ajudar

  • Ignora sentimentos alheios

  • Reage com frieza a situações emocionais


🔎 Pode estar:

  • Sobrecarregado emocionalmente

  • Sem vocabulário emocional para reagir

  • Tentando manter um mínimo de controle sobre sua dor interna


Situações em que o egoísmo pode ser um disfarce para dor

Situação vivida pelo adolescente

Comportamento observado

O que pode estar por trás

Separação dos pais

“Só pensa em si mesmo”

Tentando manter controle diante do caos emocional

Bullying ou rejeição social

“Ignora os sentimentos dos outros”

Desconexão como defesa emocional

Transtorno de ansiedade

“Não se importa com ninguém”

Foco excessivo em si como tentativa de autorregulação

Ambiente familiar negligente

“Quer tudo do jeito dele”

Falta de previsibilidade que gera necessidade de controle

  1. Quando buscar ajuda profissional?


Nem todo comportamento egoísta indica um problema grave. Mas quando atitudes egocêntricas persistem, se intensificam ou estão associadas a outros sinais de sofrimento, é hora de olhar com mais atenção e considerar apoio psicológico especializado.


📌 Pais e cuidadores muitas vezes ficam em dúvida:"Será que é só fase? Não seria exagero procurar terapia?"


A resposta é: se o comportamento compromete o bem-estar, os vínculos ou a rotina do adolescente, não é exagero. É prevenção.


🚨 Sinais de alerta que exigem atenção


Veja abaixo comportamentos que, se forem frequentes, podem indicar sofrimento emocional profundo:

Comportamento observado

O que pode indicar

Falta extrema de empatia e conexão com os outros

Possível início de transtorno de personalidade ou trauma severo

Apatia emocional constante

Sintoma de depressão ou esgotamento psíquico

Isolamento profundo e rejeição de vínculos

Fobia social, depressão ou vivência de bullying

Explosões frequentes de raiva ou agressividade

Problemas de regulação emocional ou histórico de trauma

Falas como “não me importo com ninguém” ou “tanto faz”

Desesperança, possível sintoma de ideação suicida


“Mas ele não quer ajuda... e agora?”


É comum que adolescentes resistam à ideia de terapia, especialmente se associam isso a "fraqueza" ou "castigo".


A chave está na forma como a ajuda é apresentada: Ao abordar a possibilidade de terapia com o adolescente, comece com validação, não imposição: diga algo como “Não é que você tenha que se abrir. É só um espaço onde você pode ser ouvido, sem pressão.” Mostrar respeito pela autonomia dele é essencial.


Apresente a terapia como um apoio, e não como punição: evite frases como “Você vai fazer terapia porque está impossível de lidar!” e prefira algo como “Muita gente faz terapia para entender melhor o que está sentindo. Pode ser bom ter alguém só seu para conversar.” A terapia deve soar como um convite acolhedor, nunca como uma ameaça ou castigo.


💬 Dica: mesmo que o adolescente não aceite ajuda imediatamente, os pais ou cuidadores também podem buscar orientação parental para entender como lidar.


Quer saber como fortalecer o vínculo mesmo diante de comportamentos difíceis?👉 Leia: Guia completo para entender e gerenciar o comportamento desafiador dos adolescentes


  1. Leitura complementar: livros que ajudam a desenvolver empatia e apoiar adolescentes em formação emocional


Se você deseja compreender melhor o comportamento emocional dos adolescentes — incluindo os aparentes sinais de egoísmo — e desenvolver estratégias mais eficazes para orientá-los com empatia, os livros abaixo são recursos valiosos. Eles oferecem reflexões científicas, orientações práticas e linguagem acessível para pais, educadores e profissionais da saúde mental.


O poder da empatia

Autor: Roman Krznaric

Um guia essencial sobre como a empatia pode transformar relações pessoais e sociais. Traz fundamentos psicológicos e exemplos práticos para quem deseja construir vínculos mais significativos com adolescentes.


Construa empatia nos adolescentes

Autora: Ava Torres

Livro com linguagem direta e atividades práticas que ajudam os adolescentes a desenvolver empatia emocional, cognição social e consciência interpessoal. Ideal para pais e educadores aplicarem juntos.


Pais não nascem prontos

Autor: Guilherme Valadares

Um livro sensível e honesto sobre os desafios da parentalidade de adolescentes. Fala sobre escuta ativa, empatia e vínculos respeitosos entre gerações. Excelente para quem quer fortalecer o relacionamento sem autoritarismo.


As dores da adolescência: entender e acolher

Autora: Valéria Tinoco

Baseado em sua experiência com psicologia do luto, a autora fala sobre perdas emocionais que adolescentes enfrentam e como adultos podem acolher esses sofrimentos com empatia e escuta real.


Seu adolescente não precisa de sermão

Autor: T.J. McKenna

Focado em comunicação assertiva e estratégias de escuta ativa, o livro mostra como orientar sem autoritarismo e ensinar empatia por meio do exemplo. Repleto de técnicas práticas para o dia a dia.


  1. Conclusão: egoísmo na adolescência não é falta de caráter, é desenvolvimento em curso


O comportamento aparentemente egoísta de muitos adolescentes não é desinteresse ou frieza é reflexo de um cérebro em transformação, de emoções intensas e da busca por identidade. Compreender esse processo não significa aceitar tudo, mas responder com empatia, limites consistentes e presença afetiva.


Adolescentes não precisam de julgamento. Precisam de adultos que enxerguem além do comportamento, que escutem, orientem e ofereçam modelos reais de cuidado.


A empatia que desejamos deles começa na forma como somos com eles. Cada conversa respeitosa, cada limite com escuta, cada gesto de validação é um passo na construção de adultos mais conscientes e conectados.


Referências Bibliográficas


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CARR, Alan. Positive Psychology: The science of happiness and human strengths. London: Routledge, 2004.


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SANTROCK, John W. Adolescência. 15. ed. São Paulo: AMGH, 2014.


SIEGEL, Daniel J. O cérebro adolescente: potencializando o poder transformador do cérebro do seu filho. Porto Alegre: Artmed, 2014.


STEINBERG, Laurence. Adolescence. 11. ed. New York: McGraw-Hill, 2016.


STEINBERG, Laurence. Risk taking in adolescence: New perspectives from brain and behavioral science. Current Directions in Psychological Science, v. 16, n. 2, p. 55–59, 2007.


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2 comentários


Alphamen2121
Alphamen2121
01 de mar.

Resumindo, vc diz ou dá à entender que o desenvolvimento do cérebro do adolescente de hoje em dia é diferente dos adolescentes nascidos nos anos 60 e 70. Nunca li algo tão incorreto e sem noção..!

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Paloma Garcia
15 de abr.
Respondendo a

Olá! Agradeço por seu comentário e por dedicar tempo para ler e refletir sobre o artigo.


Gostaria de esclarecer que, em nenhum momento, afirmei que o cérebro dos adolescentes de hoje é biologicamente diferente do cérebro dos adolescentes das décadas de 1960 e 1970. O que destaquei no texto são os processos naturais e universais do desenvolvimento cerebral durante a adolescência, que ocorrem independentemente da época em que se vive.


Por exemplo, Jean Piaget, em suas obras desde os anos 1950, já descrevia o egocentrismo como uma característica do desenvolvimento cognitivo na adolescência. Além disso, estudos de neurociência, como os de Marian Diamond na década de 1960, demonstraram a plasticidade cerebral e como o ambiente pode influenciar o desenvolvimento do…


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